Em árvore de larga sombra,
um bando de rouxinóis cantavam sem partituras.
Era tão belo, uma pintura!
Abri sob fissura o baú das palavras,
e olhei atento o que havia dentro.
Eram fartas as opções,
mas para aquele momento de elevado sentimento,
retirei uma batuta e paleta, junto a barítonos e pincéis.
E sem me esquecer do cavalete e tenores,
joguei tudo em caldeirão de prata.
Adicionei amores sem rancores,
com pitadas de si bemol e o amarelo girassol.
Deixei dourar até doce aroma exalar,
me indicando estar pronta a fina ração,
que de todo o coração aos rouxinóis ofertei.
Denis Cunha
21/04/2015
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