quarta-feira, 8 de abril de 2015

BIZARRO


Não é recomendável se jogar contra o muro
Haverá dor e ferida com certeza
Mas vem a cura após, sempre virá
O sonho do sono é realidade bizarra
Não menos bizarro é viver acordado
Um tanto do seu tempo é no concreto bizarro da vigília
Outro tanto é no bizarro dos seus sonhos noturnos
Mas  nada lhe impede de sonhar o bizarro noturno se dormires ao dia
Como não lhe é impedido também viver o bizarro da vigília diária
Se na escuridão da noite estiveres acordado
O bizarro não vem exclusivamente se dormes ou acordado estejas
Aliás, o bizarro nunca vem, ele está sempre aqui
Basta um apenas para lhe dar esta autorização
E não há apenas um, há milhões de milhões bem aqui
E onde não se alcança a vista, quantos mais há de haver
Bizarro que não se mede, que não se compara, que não se postula
Apesar de insistirmos  em medi-lo, compara-lo, postula-lo
Daí nasceu a idéia da verdade, que na verdade só há uma
Milhões de milhões de verdades
Escolha uma enquanto és um
E não te preocupes com mais nada
É tudo diversos bizarros
E se te enjoares da tua escolha bizarra
Escolha outra verdade bizarra
Não há julgamento, e se não há, como poderá haver  condenação
Condenado é só aquele que assim escolhe
E  se assim escolhe acaba se tornando verdade
Até que se canse e mude tudo novamente.

Denis Cunha
08/04/2015
 

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