terça-feira, 7 de julho de 2015

MINHA POESIA e algumas crônicas


Acabo de lançar no mês de junho de 2015, meu segundo livro de poesias: MINHA POESIA e algumas crônicas. Vendido na versão E-book e na versão impressa pela www.agbook - confira.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

SILÊNCIO

Meu último texto, publicado aqui no face e no meu blog, está datado de 31/05/2015, com o título O PONTO., e hoje 01/06/2015 venho em consideração a todos aqueles que acompanham e curtem minhas reflexões, informar que pretendo só voltar a escrever poesia ou reflexão daqui a um ano, ou seja, em 01/06/2016. Desde o momento da inspiração para a criação de O PONTO., conclui que eu, como escritor, havia chegado a um ponto, não como um lugar geográfico, mas sim, um momento de me calar, de viver uma nova experiência, a experiência de mergulhar inteiramente num silêncio literário.
Isto não quer dizer que me afastarei das poesias e nem das literaturas, aproveitarei para dar a partida no lançamento de meu segundo livro e na verdade, estarei aprendendo mais, e buscando me reciclar, e como diz em O PONTO., há hora de falar e hora de calar, e tenho sentido chegar em minha vida o momento do ponto, seja o fim do ponto de interrogação para velhas perguntas, ou o surgimento do ponto e vírgula para um tempo de viver feito apenas um observador passivo, ou até mesmo um ponto final, para dar lugar a um novo ponto de partida. Isto, creio eu, que este tempo de um ano pelo menos, possa dizer.
E em se tratando de algo que a gente não sabe definir direito, se é ofício ou paixão, talvez nada disso venha a ocorrer, mas isto, como já dito, o tempo dirá.
Um agradecimento sem medidas, a todos que, durante todos estes anos, estiveram comigo, me dando o fermento necessário para o crescimento do "bolo", seja aqui no Facebook ou no meu blog. E em tempo, isto não quer dizer um afastamento do facebook, que considero uma ferramenta maravilhosa para o exercício da relação.
Obrigado com todo o meu coração, toda minha alma e toda minha obra.
Denis Cunha
01/06/2015

O PONTO.


No emaranhado das coisas do dia
lá no final do dia, vem a noite com seu sono
É o ponto.
Na sala de espetáculo o aplauso relaxa enfim o artista
É o ponto.
Na sedução do encontro, entre beijos carícias e o coito
desabrocha por fim o orgasmo
É o ponto.
O poeta quando tocado pela beleza
vai logo costurando versos com versos
até conseguir em um momento
transformar palavras em sentimentos e suspiros
É o ponto.
Até o universo surgiu na explosão
de um ponto.
Então há sempre uma hora de falar
e outra de se calar
E ponto final.
Denis Cunha
31/05/2015

quinta-feira, 28 de maio de 2015

CONFRARIA MUNDIAL DOS SERES DIFERENTES

Como nos dão alegrias, os agentes dos Correios...
Abri a encomenda ! Logo secou-se minha boca,
bambearam minhas pernas, descompassou meu coração.
Um bilhete aéreo com data próxima destino Paris-França.
Na cidade Luz um táxi a minha espera me levou ao destino:
RUE DE FLEURUS, nº 27...beliscava-me pois não acreditava.
Antes mesmo de fazer soar a campainha, abriu-se a porta.
Matisse é quem veio me dar boas vindas.
Em sala de móveis renascentistas, sofás aveludados, piano de cauda,
belas obras em gesso, telas, refinada biblioteca e cortinas de seda,
Fui saudado por Gertrude Stein, Renoir, Cézanne, Picasso, Maurice Denis, Ernest Hemingway,  entre outros.
Gertrude Stein, como anfitriã, oferecendo-me fino vinho em taça cristalina,
convidou-me a sentar junto a todos, o que de pronto e ainda pasmo obedeci.
Encaminhando-se até a biblioteca, de lá voltou com um livro nas mãos.
Abrindo-o aleatoriamente recitou para todos ouvirem:
"Visto que amo, permanece em mim a dor; não o gemido e nem o lamento,
mas o sofrimento de parto, a renovação do amor."
Achei que iria desmaiar. Era o meu livro em suas mãos, minha poesia em sua voz,
e o sorriso ameno em todos os presentes.
Diante de incontrolável emoção, a Sra. Stein pousando sua mão na minha,
disse-me com carinho e afeição:
-Acalma-te, não estás em outro mundo. Estais aqui para conhecerdes a tua família,
tua primordial família. Muitos outros dos teus irmãos e irmãs, apesar de ausentes, mandam-lhe
abraços e cordiais saudações.
Antes mesmo de acordar deste sonho, eis que o agente do Correio bate à minha porta outra vez.
Abro o envelope, nele um bilhete rodoviário com data próxima destino chácara Casa do Sol, Campinas-SP.
Procuro no google pelo endereço; residência de Hilda Hilst.
Já fiquei a imaginar: Ela, Quintana, Suassuna, Gullar, Chico...

Denis Cunha
28/05/2015


terça-feira, 26 de maio de 2015

ANIVERSÁRIO DE UMA CONTADORA DE HISTÓRIAS

Lisa, o que dizer ?...

superfície lisa, cristalina, que reflete todas as possibilidades.

Vietra, o que dizer ?...

profundidade na raça pra viver, se expressar, conquistar sem labutas.

Lisa Vietra, arranjo poderoso na fonética que se completa na formosura da tua estética.

Que dizer hoje Lisa, que dizer Vietra ?

Vou dizer apenas: FELICIDADES MENINA.



 Denis Cunha
26/05/2015

quinta-feira, 21 de maio de 2015

PLATONICO AMOR

Mas em um peito agoniado por amor desconsiderado,
que o deixem chorar dobrado,
Mesmo que irão dizer que chorais por razão tão pouca,
e que todos o terão como louco de pedras.
E o que mais fino se mostra, é o que mais fácil se quebra.
Só que opinião de brutos,
não retratam a alma sensível.
E se ainda há os de corações gentis e amorosos,
que façam ao apaixonado um favor, mesmo que seja por carta,
para que no tardar do prêmio, não perigue a esperança.

Denis Cunha
21/05/2015

terça-feira, 19 de maio de 2015

Z A H I R

(De tradição islâmica, Zahir em árabe, quer dizer visível, presente, incapaz de passar despercebido).

Sobre a mesa do bar, esquecido ou propositalmente abandonado por alguém, um guardanapo dobrado com esmero e vinco, trazia nele os seguintes versos:
Esta noite teu vestido era azul,
como se pele sua fosse,
Contornava seu corpo comungando da suavidade das tuas formas.
Contornava-o como meus braços vivem a sonhar;
Esta noite vi uma vez mais teu sorriso, vários deles.
Em todos, o contraste do seu batom vermelho,
com tua pele alva macia e tenra,
Prometia visão angelical que logo se confirmou no encontro do teu olhar;
Esta noite como nas outras olhei também as tuas mãos,
e ao vê-las em delicados movimentos, o vermelho do seu esmalte,
Fazia-me imaginar teus dedos como botões de rosas ao vento;
Esta noite, estavas ainda mais bela que todas as outras,
só porque as outras eram agora lembranças;
Esta noite o amor tornou a colorir-me,
e voltará a fazê-lo em uma outra noite.
Seja lá qual for a cor do teu vestido.

Denis Cunha
19/05/2015