E O VENTO LEVOU...
O vento entrou pela janela aberta,
rodopiou pela sala,
balançando as folhas da avenca,
jogando ao chão as páginas já escritas da minha poesia,
fazendo voar à meia altura as cortinas,
e saiu assim, sem que eu pudesse vê-lo.
É tão real o vento, tão real...
Ao contrário do vento,
vejo-me todos os dias no espelho,
mas apesar disto, não me atrevo a dizer que sou real,
tão real quanto o vento, que sempre está entre nós.
Pois uma coisa eu garanto, isto sim, que um dia destes,
o vento de novo irá preencher a minha sala,
e eu não estarei mais dentro dela,
nem em sala nenhuma.
Denis Cunha
14/11/2012
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