quinta-feira, 15 de novembro de 2012

THOR


Há algo mágico e bem íntimo nos trovões,
será sentimento meu ou de multidões?
Sei que em mim eles soam bem mais
que apenas a explosão das partículas de ar
quando o relâmpago rabisca  o céu.
Para mim, é mais que barulho,
é estrondo de grandeza,
algo como lembrança esquecida
da infinita beleza que um dia criamos nós,
ou então, promessa ainda não vivida
da possível realeza que um dia seremos nós.
Será reminiscências da infância perdida?
ou reminiscências do pré-útero,
quando ainda não possuindo forma nem limites
habitava as paragens das idéias, da não forma
do ainda não ser como se tem sido deste a natalidade,
seres únicos suscetíveis à impossição de crenças
e conceitos estabelecidos pela consciência das massas?
Tudo isto pode ser a verdade, ainda não consigo entender,
porém seguem os trovões para mim, realizando uma ponte
imaginária entre o que sou na carne e o que sonho em ser
no espírito.
Só me resta a certeza de que o trovejar, faz reviver em mim a criança  alegre e sonhadora
de um passado distante.

Denis Cunha
15/11/2012



 

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