LÁGRIMAS LIVRES
não se
lê este poema
como se fosse escrito
lê-se
como
se escorresse
de um rosto contrito
em lágrima
chorada
pela tristeza reconhecida
da
dor
que
não
finda
ainda que a esperança
pareça
ser a sina
de cada coração fechado e embrutecido
pelas ilusões do mundo
e
esta lágrima
chorada
antes que seque em seu percurso
transforma
ainda que um pouquinho
este coração
em desalinho
dando a ele o alento
de
que na
dor encontra-se
o segredo
da liberdade que merecemos
Denis Cunha
08/08/2012
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