quinta-feira, 5 de junho de 2014

VAZIO

Era um nada embrulhado no vazio
Oco de causar eco
Uma autêntica divisão do sem
Somado à algazarra do mudo
Um paredão feito de fumaça
Um teto coberto de vento
Vazio, vago, sem nada dentro ou fora
Cheguei pensar ser a hora
De ir embora pro sem fundo
Pro sem eira e nem beira
Parecia uma folha seca
Um fruto murcho
Uma consciência insana
Mas não
Era só falta de sustância
Comi e tudo mudou
Era fome.

Denis Cunha
05/06/2014

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