de Jesus Cristo e Papai Noel.
Um ainda pregado,
o outro de saco cheio...
E por falar em saco,
a tempos que venho esvaziando o meu.
Já carreguei um tanto de um monte de religião,
rituais, indumentárias, pedras de cristal.
Ai meu saco...
Levava também um grande espelho,
para conferir a pele, os pelos, a pose.
Pesava viu, meu saco...
Encontrava-se nele respostas prontas,
não se deve perder uma discussão.
Peso moral no meu saco carnal.
Haja saco...
Pesado feito uma bigorna,
carregava em meu saco o machismo.
Homem briga, não chora, pega um monte de "mina".
Triste sina...
Houve também muito medo a encher meu saco,
medo da morte, medo de errar, medo do bicho-papão.
Morreram todos estes medos já faz um tempão.
Alívio pro meu saco desde então...
Hoje ainda vivo entre a multidão,
e às vezes me espanto com tanto sacão,
tão cheio de tralha, que se espalha pelo chão.
Mas respeito todos os sacos e deles tenho compaixão,
só te peço encaricidamente, ou melhor, exijo incondicionalmente:
Não vem encher o meu saco não.
Denis Cunha
15/10/2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário