terça-feira, 27 de agosto de 2013

O REI LAMBÃO

Senhoras e Senhores,
respeitáveis leitores:
Apresento-lhes com muita honra(ou nem tanto) o REI LAMBÃO.
Não tem sangue azul, não tem nenhuma linhagem genética de realeza
e não é herdeiro de nada.
Muito pelo contrário, sempre foi súdito fiél, daqueles persistentes,
obediente às regras, crenças, cheio de idéias de salvar o mundo,
ser um bom homem, enfim um apaixonado pelo reino.
Mas tornou-se Rei, aclamado por si próprio,
coroado por sua soberana vontade e empossado em seu reinado
a partir do momento em que cansou da obediência, serventia, e da tosca
ilusão de que tudo é bom, bonito e prezeiroso.
No momento mágico e milagroso em que sentiu no fundo do coração
que nada importa, que a mesma boca que beija também morde e que
tudo é curado pelo tempo, eis que do nada,
veio-lhe coroa, manto, cedro e trono, e ele se tornou rei.
Reio de si mesmo, um Rei sem medos, um Rei além da própria vida.
Desta vida que vivemos dia a dia e que de tudo acontece, que tudo contém,
onde tudo se desfaz para se recriar também.
Por sua total indiferença, consciência de ser tanto a luz quanto a sombra
hora que vai, hora que vem,
nomeei-lhe O REI LAMBÃO.
Suas histórias são fantásticas e banais,
como a de todos os demais,
e se não acreditas no que digo,
olhe-se no espelho, que o verás.
Pois como ele, tu também serás um Rei,
quando perceberes que toda a ação gera uma reação
em sentido contrário
e que tu, sómente tu, és o agente desta ação,
pois é a sua ação.
Aí descobrirás a paz, e tanto faz então se rei ou se lambão.
Simplesmente uma linda criança em ação.
...E foram felizes para sempre...(todos os lambões)

Denis Cunha
27/08/2013


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