sexta-feira, 16 de agosto de 2013

ATRAVÉS DO RIO

Se não emoldurássemos nossos momentos
em cantigas e lamentos
Fazendo sempre distinções
como quem observa Renoir e Picasso
Seríamos um fluxo de inusitadas experiências
feito uma folha que segue através do rio
e se espanta a todo o momento
com a formosura do percurso
Assim parariam todos os relógios
e o único tempo que não ficaria sem corda
seria o tique taque do amor
Mas o enquadrar dos nossos momentos
também tem o seu inestimável valor
Eles viram arte.

Denis Cunha
15/08/2013

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