terça-feira, 2 de julho de 2013

O veludo, a navalha e o silêncio

O VELUDO, A NAVALHA E O SILÊNCIO

Foi no corte da lâmina
que abriu-se a ferida
Foi a carne dilacerada
que clamou pelo perdão
Foi no momento da dor que reconhecemos o semelhante
Foi na descoberta do outro
que brotou o amor
Foi o amor em exercício
que nos envolveu na maciez
Foi no prazer do suave
que o silêncio se fez
E quando ouvimos o silêncio
descobrimos que o barulho vem e vai
E neste vai e vem
enxergamos com alegria
o ontem
o hoje
o amanhã
o muito mais que além.

Denis Cunha
02/07/2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário