O VELUDO, A NAVALHA E O SILÊNCIO
Foi no corte da lâmina
que abriu-se a ferida
Foi a carne dilacerada
que clamou pelo perdão
Foi no momento da dor que reconhecemos o semelhante
Foi na descoberta do outro
que brotou o amor
Foi o amor em exercício
que nos envolveu na maciez
Foi no prazer do suave
que o silêncio se fez
E quando ouvimos o silêncio
descobrimos que o barulho vem e vai
E neste vai e vem
enxergamos com alegria
o ontem
o hoje
o amanhã
o muito mais que além.
Denis Cunha
02/07/2013
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