quinta-feira, 23 de maio de 2013

S T A R

Estou de lápis na mão,
estou decifrando a canção,
estou compondo o poema.
E o que diz esta composição ?
Que estou assim esvaziado,
imensamente desbundado.
Mas não é euforia do espírito
nem orgasmo corporal.
É êxtase do que não se denomina.
Não é rima, nem descompasso,
é um simples ser dentro do existir.
Artista sem obra,
pintor sem pincel,
poeta sem verso.
É um inverso da criação.
Vazio na mão,
mesmo que disparado pulse o coração.
Estou aqui,
no lugar que deveria estar.
Geograficamente no deserto
repleto de um só sentimento:
Amor sem direção,
amor por simplesmente estar...
Star.

Denis Cunha
23/05/2013

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