quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

ESPERANDO

Há vida em mim,
Se parece às vezes o encanto de criança,
Não devo acostumar-me.
Pois vezes outras é purgatório de Dante,
E com isto não se acostuma nunca.
Mas há vida em mim,
Latente, incoerente e por demais inocente.
Não quero dizer puro, pois sou também maldade,
Disse-o pela incapacidade de seguir a tropa,
Ao ponto de interrogar-me:  Serei um tolo ?
Mas não resta dúvida que há vida em mim,
E mesmo que na grande maioria,
Encontramos o que não se procura,
Ainda assim buscamos,
Pois este é o barro de que são feito os poetas.
Agora me pergunto:
Por que não esqueço eu de viver,
Para viver esta vida que há em mim ?...
Denis Cunha
26/02/2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário