quarta-feira, 4 de julho de 2012

FÊNIX

Indiferente de ser a cova funda
berço final da minha biologia
não me importa a agonia
de ver aproximar o fim a cada dia
além do eco do silêncio
em resposta aos meus anseios
sinto no peito
feito aperto de angina
o amor de menino e menina
esperança beata que não termina
sussurro que me ensina
cada passo desta sina
igual a guerreiro que não desanima
que na dor atroz cria a rima
colorindo a miséria humana com tanto amor
que a torna simplesmente divina

Denis Cunha
04/07/2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário