sábado, 16 de junho de 2012

SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS

Quando o poeta expressar com clareza
toda embriaguez da alma
e na tua obra esboçar
seu amor mais profundo
tua voz será o silencio
teu desejo o amplo espaço
pois terá dito sobre o par que se fez um
levado o sorriso ao pranto
acalmado bravas ondas no largo remanso
inflado calmaria aos ventos tempestuosos
anunciado a valentia dos inocentes
e o desejo de perdão do culpado
desvendado o segredo da dor
no instante preciso do alívio
quando o poeta atingir seu ômega verbal
terá ajudado na morte desta vida
e no triunfo da vida após a morte
quando o poeta conseguir dizer na íntegra
o que pulsa em suas veias
não haverá mais poesia
só a música será o bastante
o som de cada coração

Denis Cunha
22/05/2012

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