PAPEL DE SÊDA
A folha branca sobre a mesa
imaculada em sublime silêncio
aguarda pelo transe do poeta
para ganhar sentido e razão
o poeta em devaneio
embriagado no torvelinho de vozes imaginárias
olha a folha e não a vê
o que enxerga é a obra perfeita
a epopéia do amor
o poeta e a folha
ele, o impulso criador
ela, o útero da criação
juntos se misturam na química da paixão
aí já não há mais o poeta e nem a folha
só a poesia existe
somente ela basta
Denis Cunha
29/06/2012
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