sábado, 16 de junho de 2012

MARÉS

Quando o breu da noite é mais intenso
presumi-se o canto matinal da passarada
no clímax febril do amor a dois
pressente-se a seguir o abandono e preguiça
na chama que tremula esbelta
nota-se o consumir da parafina
no grito de dor vindo das entranhas
a certeza do novo rebento
na mecânica do elástico
a física do impensado mas provável
quanto mais esticado para trás
mais adiante será remetido
no entendimento da serventia do medo
que revela ainda mais luz ao ser transposto
aceitar finalmente o amor
como guia, prazer e lida
fazendo de deus e do homem
meros conceitos

Denis Cunha
21/06/2011



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